17 July 2006

Coooneeeeccctaaaaando

Um dos meus esportes prediletos é conhecer mundos diferentes dos que eu frequento. Daí o nome do blog, Conector. Eu gosto de conectar mundos & assuntos q não parecem ter muito a ver, muitas vezes pra descobrir que tem tudo a ver.

(conectar mundos... parece comercial de celular...)

Enfim... por esses dias eu acabei conhecendo um pouco mais do mundo da MODA. Não é algo tão distante do meu cotidiano como publicitário, afinal a gente volta e meia trabalha com produtoras de moda, eu atendo uma conta que é meio ligada à moda e, na boa, rock sem moda teria muito menos graça. Mas ao mesmo tempo é um mundo com regras próprias e uma engrenagem que eu sempre achei muito curiosa e misteriosa. Até bem pouco tempo atrás eu ainda pensava que essa coisa de "tendências" era bobagem (e não é), que estilistas eram uns afetados q tinham umas idéias malucas q ninguém ia usar (e não é bem assim) e por aí vai, essa penca de preconceitosq só vc vivendo pra desfazer.

Acontece que sexta passada, por uma série de circunstâncias (e graças a boas amigas) em pouco mais de duas horas eu tive um "trailer" do que é o mundo da moda. Sem mais nem menos, pouco tempo depois de chegar na Bienal eu me vi sentado na primeira fila do desfile do Maxime Perelmuter (um cara q várias pessoas me disseram q é "firmeza"), depois ainda me arrastaram pro backstage onde ganhei um tênis, me apresentaram pra um monte de gente do "mundo fashion", incluindo aí a simpaticíssima Constanza Pascolato. Tudo em fast forward, eu lá, caipirão novato total..

Deslumbrado, eu? Totalmente... fiquei embascacado e boquiaberto com toda a engrenagem, o funcionamento, o espetáculo. Nunca na minha vida tinha ido a um desfile (só visto de relance na TV) e perdi meus preconceitos total... achei um lance muito interessante e passei a entender o fascínio que exerce sobre algumas pessoas próximas, que tratavam o desfile como um... show de rock. E de fato, o lance é emocionante pra quem está ligado na parada. Eu não estou propriamente "ligado à parada", mas tava ali de coração aberto pra aprender.

O que eu aprendi? Que "cena" é "cena" em qualquer lugar, seja um festival de rock, um desfile de moda ou - espero q não me interpretem mal - um retiro budista. Sempre vai haver aí uma certa dose de inteligência, outra de fazeção, uma dose de simpatia honesta, outra de sorrisos interesseiros, sempre vai haver os embustes e os talentos genuínos. No fundo é sempre o bom e velho SER HUMANO com todas suas doenças expostas, em cada "cena", de diferentes maneiras. Só muda a expressão.

Dei sorte de pegar também hoje o desfile da Isabela Capeto... não sei avaliar se as roupas eram massa ou não. De novo eu gostei foi da "função", de olhar ao redor e ver como é que as pessoas se relacionam com tudo aquilo, ver que por trás do circo tem a visão de alguém, uma pessoa tentando se expressar e imprimir um pouco de diferença e de personalidade no que quer que seja...

Agora, tem uma coisa que eu continuo não entendendo... é a magreza absurda das modelos, um lance q eu não acho lá muito bonito... e também o jeito que algumas caminham. Juro que teve duas vezes que eu tive que segurar o riso porque havia duas modelos caminhando do jeito mais engraçado que eu vi nos últimos tempos.

Enfim... não é só isso que eu ando fazendo aqui... ali do lado tem o link do blog dos Walverdes onde eu tô contando dos shows que estamos fazendo aqui pelo sudeste... vai ali, parceiro...