16 January 2007

Pintxos



Ah, a criatividade popular!

Foto tirada pelo meu chefe em Capão da Canoa, litoral gaúcho.

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Trance. Embora curta coisas que derivaram ou tem a ver com o gênero (Hardfloor, algumas coisas alemãs), realmente não suporto toda essa onda psy. Principalmente por causa da música, que não tem groove nenhum!

Mas não dá pra negar esse fenômeno meio silencioso. E alguma coisa isso deve trazer de bom.

Pra saber um pouco mais e manter a mente aberta, vale dar um bico na matéria do Matias sobre o assunto.

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Quase-decepção. É o meu veredicto pro Nacho Libre, filme bastante aguardado aqui no Conector, aquele com o Jack Black. Eu já achei esquisito quando descobri que o diretor é o Jared Hess, o mesmo do exercício-de-estilêra-nerd Napoleon Dynamite. Aí um amigo me disse que era meia boca e eu já fui de sangue doce.

Resultado: o copo de água fria do meu amigo melhorou o filme porque baixei minhas expectativas. O filme parece nunca engrena, mas é o estilo contido do Jared Hess, de não permitir grandes explosões. Não tem aquela soltura, por exemplo, de Escola do Rock - eu esperava que o filme fosse nessa batida, mais leve. É um filme pesado de certa forma, direção mão pesada. Mas é o jeito do cara. Cada um, cada um.

Dito isto, vamos às coisas boas: o Jack Black é o Jack Black! Ele encontra brechas pra dar suas explodidinhas e é aí que o filme fica incrível, dando a impressão de que vai engatar uma quarta e ir embora (não vai, fica em primeira e segunda). Se fosse um diretor RUIM, eu diria que o Jack Black salva o filme. Mas não é ruim. Só é meio doente.

Outra coisa massa no filme é a direção de arte. É tudo incrível. A fotografia. As cores. Os cenários. É um deleite estético, tem todo um cuidado, tudo muito meticuloso. O que deixa o filme com ar de contido e contemplativo também deixa ele lindo.

Enfim. À medida em que eu vou escrevendo e pensando sobre o filme, gosto mais dele. Mas se alguém espera uma comédia de riso solto, descompromissada e leve, esqueça. Foi isso que me decepcionou e sei que anda decepcionando mais gente. Minha namorada ouviu um locutor da Ipanema falando isso, que "muita gente tem se decepcionado com esse filme".

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Logo acima eu falei mal do diretor. "Mão pesada." E depois emendei: "mas cada um, cada um".

Tava conversando sobre isso com um amigo meu, com quem costumo analisar clichês sociais: já percebeu que toda vez que alguém detona outra pessoa sutilmente, depois diz "mas cada um cada um né?", ou suas variações tipo "cada um sabe da sua vida".