"Human behaviour is pattern recognition"
Segunda-feira eu estava na minha, começando a semana em meio a alguma agitação mental quando resolvi seguir o conselho do meu dupla e dar uma atenção ao Wee Feel Fine. Entrei sem muita esperança, mergulhando em mais um dos incontáveis thumbnails de referências que passam voando pela minha inbox todos os dias (e que nunca consigo dar conta). Demorei a entender do que se tratava, mas o fato é que depois de meia hora eu continuava navegando no site fascinado não só com o projeto em si, mas com a visão interessante que tem por trás dele e também pelos pontos de contato humano a que ele me levou.
Explicando mais um pouco: Wee Feel Fine é um site que vasculha periodicamente milhares de blogs procurando por frases que contenham a expressão "I feel" ou "I am feeling". A partir desse mapeamento, o site classifica automaticamente os sentimentos e cruza com dados geográficos e pessoais fornecidos pelos profiles dos blogs. Essas estatísticas são então transformadas em um panorama gráfico e orgânico dos mais simples: bolinhas coloridas que se organizam e se movimentam na tela de acordo com o recorte que o visitante escolhe.
Talvez seja complicado de entender assim, por isso eu realmente recomendo que você dê uma visitada no site e não fique aqui só lendo sobre ele.
Lá você vai descobrir não só frases absolutamente corriqueiras (mas que no meio de uma tarde de trabalho intenso podem abrir um pouco o coração) e também montagens de fotos com essas frases corriqueiras. As fotos também são buscadas nos blogs, se não me engano.
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É o tipo de trabalho que tem, em mim, o mesmo efeito que dar uma navegada no Post Secret: você encontra pequenos pontos de contato humano que te fazem dar uma olhada para o lado e ver o quanto está atucanado. É a minha experiência, vamos ver qual é a sua.
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Se você for um pouco mais adiante, vai encontrar os outros trabalhos do Jonathan Harris, como o Ten by Ten e o curioso Wordcount.
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Eu tenho mais a falar sobre o Harris e lamento não ter conhecido seu trabalho antes. Mas vou guardar algumas considerações (o contato humano na internet, a pouca abrangência desse tipo de projeto por causa da língua e de fatores econômicos) para um artigo que talvez role para uma nova revista.