25 April 2006

O cara




Muito está sendo escrito sobre ele por causa da visita ao Brasil. Mas o que mais gostei foi o depoimento em uma reportagem:

"Para o monge beneditino Marcelo Barros, o sucesso do lama representa
'um claro questionamento da soberba auto-referente de líderes do
Ocidente, que assassinam multidões enquanto recitam a Bíblia.'"

Irei a Buenos Aires vê-lo. Lá, entre outras conferências, ele vai dar ensinamentos sobre Lojong, um treinamento budista em abertura, destemor e compaixão baseado em uma série de provérbios do século 12. Mas acho que ele poderia falar sobre receita de bolos e ainda assim estaria dando uma senhora aula sobre liberdade e compaixão ilimitada.

Uma das coisas mais interessantes do Lojong é a prática de Tonglen: em qualquer circunstância ou situação aflitiva, você inspira o sofrimento (seu ou de qualquer outro ser) e expira alívio, compaixão, felicidade, liberdade. Eu não pratico muito Tonglen não, mas deve dar um passapé em alguns hábitos mentais com certeza.



Esse livro, não se engane pela capa clichê de auto-ajuda, é excelente e fala bastante em tonglen e lojong numa linguagem bem acessível. Embora, para aprender direito essas coisas, é sempre bom arrumar um professor qualificado.