16 June 2006

Considerações

O Matias entrevistou o Gary Lachman do Blondie. O cara escreveu um monte de livros sobre consciência/misticismo/o além. O bate papo rendeu momentos interessantes, como essa frase que eu pincei.

“Faça o que quiseres” pode se tornar facilmente “faço o que eu gosto” e dar origem à falta de consideração com as outras pessoas.'

Legal isso. É bem real né? Quantas desculpas grandiosas não são dadas para a busca da satisfação pessoal... se inventa mundos por isso.

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Uma coisa que eu esqueci de comentar a respeito do disco da Juana Molina é o quanto ele me lembrou o Tambong do Vitor Ramil. Estética do frio, percussãozinha meio leguera de vez em quando, aquela coisa. Pampeando com laptop.

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Finalmente terminei de assistir essa caixa aqui. É muito legal porque é bem basicão, poderia passar tranquilamente num Globo Repórter - apesar da ENXURRADA de referências textuais e visuais que enlouquecem qualquer um q queira ir atrás do que está vendo. Os entrevistados não são muitos e repetem-se ao longo dos 10 episódios, mas o mais legal é o coração que cada um coloca no que diz. E é gente, como direi... DA BASE. Smokey Robinson, os caras da Atlantic, Carkl Perkins, o cara que escreveu Stand By Me, Bruce Springsteen, Pete Townsend, Eric Burdon, Little Richard, Jagger& Richards, fora toda uma galera de soul que eles resgataram... Essa visão romântica que eu falei é é ao mesmo tempo a virtude e a deficiência das entrevistas: uma certa magia verte e apesar de você acreditar nessa "mágica" que fez tudo acontecer, é estranho também não aparecerem os perrengues e os podres.

A gente começa pelo blues & pelo country (apenas esbarramos no jazz de vez em quando), cai na gênese do rock, a importância do soul (e de toda a história da música negra) na liberação das emoções de juventude americana (e de toda a classe média branca dos países "colonizados"), o folk, psicodelia, punk, new wave, etc e tal. Não é nada muito novo, mas a didática (apesar de eu ter começado pelo último DVD e terminado no primeiro) e as referências compensam.

Inspirado pelo episódio do soul, comecei a resgatar discos que eu não ouvia há algum tempo. Comecei pelo Let's Stay Togheter do Al Green (o tipo de disco q faz vc pensar q não toca e não compõe UM OVO e nunca vai tocar e compor UMA CASCA DE OVO, o "efeito Phillip Roth") e quando vi estava no Till Siloh do Buju Banton, um dos melhores discos de ragga que eu já ouvi. Recomendo a procura de do remix de Champion, com bateriazinha a la "Summertime". É algo...