Fogueira das Vaidades
Pois um inglês pegou todas suas coisas que continham marcas, fez uma fogueira e decidiu viver um tempo sem marcas na sua vida.
Ah, claro, não sem antes fazer um blog no Blogger e postar um vídeo no You Tube.
Fora todo o circo vazio e o discurso clichê que isso traz, há boas discussões nos comentários, especialmente do primeirão post. A questão sobre engrenharia do consenso no post sobre o filme do 007 também é bem interessante, muito embora eu ache que esse tipo de estratégia está começando a se dissolver por si mesma porque está encarecendo demais as produções cinematográficas. O George Lucas recentemente declarou que pretende parar de fazer blockbusters pra cinema porque se gasta quase um filme no orçamento de marketing.
Ele contando sobre a experiência com uma operadora de celular também é interessante. Essa coisa de ser atendido por telefone é o caos... o Unibanco trocou recentemente a telefonista da minha agência por uma central que atende em São Paulo. Poucas vezes fui tão mal impactado por uma novidade tecnológica. Só me fez achar aquela campanha deles em animação AINDA mais fora da casinha e exagerada.
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No primeiro número da Piauí tinha uma ótima matéria sobre operadores de telemarketing.
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Continuo achando que esse tipo de ação (bonfire...) faz mais fumaça (desculpe o trocadilho) do que qualquer projeto mais produtivo no sentido de discutir a participação das marcas na nossa vida. Mas tudo bem: é válido, gera algum tipo de falação, de questionamento ao menos. O problema é que parece atrair pessoas que JÁ PENSAM NISSO. Isso é um problema, é mesmo.
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Marcas não são algo ruim per se. Marcas tem uma utilidade incrível que é identificar e qualificar produtos. Já imaginou se nada tivesse marca? Um dia você entra no supermercado, pega um pacote não-identificado de salgadinho achando que vai desgutar um Fandangos, abre e tem Milhopã dentro.
Terror.
É um racíocínio bem básico. Mas é por aí.
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Claro, o problema é quando o sujeito acha que precisa se definir pelo consumo de Fandangos... mas eu acho que isso é uma questão de educação também, não só de restringir publicidade (o que vem sendo feito e eu acho bom). Tenho uma idéia meio utópica de que deveria haver algum tipo de educação para o consumo e para interação com mídia em colégios. Mas por enquanto é só uma idéia, uma frase num blog do Blogger.
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Isso tudo me lembrou um artista inglês também, se não me engano, que passou TODAS suas coisas numa prensa. TODAS AS SUAS COISAS e resolveu recomeçar a vida do zero. Já descubro mais sobre isso.