Sebadoh & Ms. Kalman
(Não é clip... é um vídeo de fã...)
Sebadoh, outra banda dos 90 que "voltou", como os Pixies e o Dinosaur Jr. Foi uma das bandas que estabeleceu a tal estética "lo-fi": gravações toscas, músicas confessionais misturando punk e melodias melodiosas.
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Agora... o engraçado é que tosquice de americano não é a nossa tosquice né... os discos dos caras todos gravados em porta-estúdios simples de 4 canais, muitas vezes (o melhor disco do Mudhoney, EveryGood Boy Deserves Fudge, foi gravado em 8 canais apenas). Mas tu vai ver e o lance é muito bem masterizado. Foi uma ficha que me caiu enquanto eu assistia o Ted Talks da Maira Kalman (viúva do Tibor Kalman, inventor do papel de designer rockstar nos anos 80, criador da revista Colors pra Benneton, fez clips e capas de disco do Talking Heads)... no vídeo, que está abaixo, a mulher fala muito da técnica solta que eles utilizavam no estúdio de design deles.
Segundo ela, eles sempre partiam do ponto de "não saber" as coisas. Mas eu pensei um outro troço: os americanos e europeus nunca "não sabem" as coisas... é que eles sabem tanto, vivem numa cultura tão imersa de "saberes", que precisam desse subterfúgio de entrar no "não saber" pra tentar criar dentro do caos. Coisas que nós, latinos, sempre vivemos e viveremos tanto do ponto de vista emocional quanto político e econômico.
Aniuêi, vale muito ver o vídeo, os desenhos dela são incríveis.