The Host
Em 2000, um militar duma base americana na Coréia mandou um subalterno local jogar fora formaldeído (altamente tóxico) pelo ralo da pia. Na vida real, a falta de consideração contaminou o Rio Han em Seoul e não deu nada pro militar americano apesar de protestos coreanos.
Mas tudo bem: a justiça foi feita no cinema. E à coreana: em O Hospedeiro, filme inspirado nesse episódio, a contaminação gerou a mutaçao de um bagre que cresceu e saiu atacando tudo que via pela frente, expondo de forma ainda mais flagrante a negligência e a soberba americanas.
Não parece sair boa coisa daí, né? Mas, acredite: O Hospedeiro é muito mais do que isso! Indo bem além de uma série de sustos, alguma nojeira e crítica aos Estados Unidos, o filme é uma oportunidade incrível de desfrutar de um delicioso mashup de gêneros, apontando (como tantos outras indicações espalhadas hoje) que o futuro é da mistura e não da categorização. É simplesmente impossível determinar onde começa o terror, onde começa o suspense, o drama familiar, a sátira politica e social ou a comédia de erros.
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Não sei traçar uma linhagem de filmes de terror, mas com a pouca informação que tenho dá pra dizer na boa que The Host é uma novidade, um híbrido, algo bem-vindo na área de entretenimento, ainda sufocada por uma antiquada classificação de segmentos. The Host é diversão inteligente e instigante, em parte provavelmente proposital do realizador, em parte por sua origem coreana que deixa cada pequeno detalhe do filme curioso e interessante. O ocidente ainda tem muito a se surpreender com o jeito oriental de ver o mundo.
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Na pior das hipóteses, The Host é Pequena Miss Sunshine + Godzilla. Uma família simples da classe média baixa coreana, mas pra você ter mas uma idéia do grau de interessância do que estou falando, o diretor declarou que os movimentos do bagre gigante foram inspirados no personagem de Steve Buscemi em Fargo.
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Em O Hospedeiro, não há heróis, idiotas oficiais e anti-heróis comuns, pessoas com habilidades limitadas tentando salvar um membro da família com tudo que podem: arco e flecha olímpico, desentendimentos familiares e celular, uma obsessão coreana.
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Até o final do filme é diferente, me lembrando muito aspectos psicológico do Dark Water original. Mas não vou fazer que nem a Veja e contar o final do filme. Baixe logo aí no seu Torrent e vê se eu tô falando besteira ou não! Veja The Host com atenção, deguste os detalhes culturais e plásticos!
É coisa séria e bowa! Tem coisa aí!