Westwood Shoes & otras cositas
De minha parte, sobraram alguns comentários ainda sobre a era pré-férias (o caos, a aceleração, a necessidade de praia). Em especial, esqueci de tecer linhas a respeito da minha última passada por SP e toda a coisa da moda.
Por exemplo, me esqueci totalmente de comentar a exposição de sapatos da Vivienne Westwood no São Paulo Fashion Week. Tudo que eu sabia sobre ela era sua reputação ligada ao punk, ou seja, não conhecia de fato sua ligação com a moda que não fosse por intermédio do Malcom McLaren, toda a questão da loja Sex onde os Pistols começaram etc e tal.
Eles derrubaram a Naomi Campbell da passarela. Sério.
Outra: não entendo absolutamente NADA de sapatos e não digo isso com orgulho porque eu adoro entender um pouquinho de tudo. Mas o lance dos sapatos eu tenho grande dificuldade em absorver. Então o que eu fiz? Mantive os olhos e o coração aberto e fui tentando absorver alguma coisa à medida que passava de modelo em modelo no museuzinho do São Paulo Fashion Week. Infelizmente, não tenho muito mais a escrever, desculpe. O máximo que posso é aguçar a curiosidade de vocês (os que também não dão bola pra sapatos). Mas tenho certeza de ter absorvido alguma coisa (sempre né?), mas ainda não sei exatamente o que é. Talvez algo relacionado à sensualidade dos pés, algo muito comentado por podólatras e Imeldas Marcos. E também uma certeza: é possível ser criativo e relevante de qualquer forma, mesmo num simples par de sapatos. E toda vez que eu queria olhar enviesado pra algum modelo, eu me lembrava das coisas esquisitas que eu já ouvi na minha vida e que pessoas não interessadas em música deviam achar.... esquisito.
Outra experiência digna de nota foi a “instalação” (eita palavrinha...) da Isabela Capeto. Ela trocou o tradicional desfile (o que também é, a seu modo, tradicional) por um ambiente esquisitíssimo (e instigantíssimo) cheio de espelhos, chão de retalho de borracha e manequins pretos girando. Então era aquilo: uma coleção que, como os sapatos da Vivienne Westwood eu não entendo (mas sei que tem algo ali), girando, visão de 360 graus espelhada – e você participando do reflexo, totalmente inserido no mundo desenhado pela estilista e pelo stylist. Tinha algo de apocalíptico, tinha algo de fantasmagófico, tinha um monte de patchworks – de tecidos e de idéias. (Perceberam como estou fértil em parênteses?) Juro que tinha alguma coisa de THX 1138 no meio daquilo tudo, pode acreditar.
E a última: sempre que eu vou a São Paulo dou uma passada na Laundry. Coisas legais e a um preço extremamente humano. Sou fã.
Até amanhã com os primeiros petiscos pernambucanos...